Estúd(i)o de Escuta – onde atendo meus e minhas analisantes Eu preciso me explicar? Não, mas sinto que devo algo aos leitores e leitoras das minha publicações em quadrinhos e também para aqueles e aquelas que gostam das minhas ilustrações. Quem me segue pelas redes sociais percebeu que também trabalho, ou melhor, tenho o ofício como psicanalista –de orientação lacaniana – há algum tempo e com esta minha nomeação, uma clínica se iniciou. Com isso, por vezes, algumas perguntas chegam no meu Instagram . São do tipo: 1) Mas você abandonou as histórias em quadrinhos? 2) Você não ilustra mais para a Folha ? 3) Você vai deixar de participar das convenções e festivais de quadrinhos? 4) Você parou de desenhar? 5) Quando vai lançar uma nova HQ? Basicamente são essas questões. Poderia responder com apenas alguns sins ou nãos, mas essas questões não tocam apenas uma afirmação ou negação da minha parte. De início turvo, localizo que meu percurso pela psicanálise começa em 2014 e talvez este sej
Talvez o Instagram possa performar como um Linkedin ou mesmo, quem sabe, o Twitter como um Tinder e o Tinder como um Grindr. A redes sociais, definidas para seus determinados objetivos primários, se adequam ao uso que cada um(a) supõe querer fazer dela e assim alimenta toda uma intrincada teia algorítmica. Esta, se adequa ao que você supõe querer saber (ou o que quer ou deseja) e está feito a bagunça. Ainda: quem sabe se o espiar a vizinhança pela janela não tenha se tornado o Facebook e você seja o tal vizinho a ser espionado? Qual a relação disso com a ilustração que fiz para a capa da mais recente edição da Le Monde Diplomatique Brasil? Usei meu Instagram como um Linkedin mas isso deixo para um outro post . Após reuniões e rascunhos apresentados, o grupo editorial da revista optou por uma sugestão minha: usar como ideia base uma arte do filme Tudo em todo lugar ao mesmo tempo . Ali caberia o que a edição propunha além de poder aguçar o leitor online ou assinante da edição
Desenhando e autografando uma edição de EUDAIMONIA na CCXP17 Olá, tudo bem? O que estou para publicar desde o término da CCXP17 é sobre uma situação delicada que acontece em convenções de quadrinhos, entre o autor – que também desenha – e o seu leitor, seu fã, seu público ou mesmo alguém que esteja com um caderninho colecionando sketches pelo evento. Quanto vale um sketch ? É justo chegar até a mesa de um(a) artista com um sketchbook e pedir um desenho? Desconsiderar os trabalhos que estão pela mesa e apenas pedir para ele(a) desenhar um batman ou outro personagem? Sei que isso é recorrente e não tenho a resposta para uma possível equação que solucione esse tipo de pedido, considerando os produtos que a pessoa comprou (ou não) na mesa do(a) artista, o tempo que o(a) artista vai demorar para fazer o desenho, o específico valor daquele trabalho e qual será o destino final daquele desenho. O que posso fazer é trazer essas questões para o meu mundo, para o que vi