Resenha de O Quarto Vivente, agora no Melhores do Mundo!

O Quarto Vivente, de Luciano Salles
Olá camarada. Tudo bem?

O Quarto Vivente recebeu mais uma resenha bem legal! Agora veio no Melhores do Mundo, pelo famigerado Poderoso Porco, que tive a honra de conhecer pessoalmente, no FIQ 2013.

O texto entrou no lote, Resenhas a granel: Títulos Independentes. Lá, também foram resenhadas, "Maki", "Contos do Vini", "Sequestro em três buracos", "Máquina Zero", "Feliz aniversário, minha amada", "Cara, eu sou legal!" e "As coisas que Cecília fez".

Como sempre, aqui você pode conferir a resenha completa que O Quarto Vivente recebeu, mas faço a sugestão que pule para o MDM, para ler as resenhas das demais citadas e conhecer essa galera que faz acontecer!

Aliás, se você não conhece o Melhores do Mundo, essa é a hora!



Baita abraço.

Luciano Salles.

Abaixo, breve explicação para o termo: Parangaricutirimirruaro.

Resenha: O Quarto Vivente
Por Poderoso Porco, em Janeiro 13, 2014.

O nosso >Parangaricutirimirruaro< Luciano Salles é um cara mais malandro que o gato: não sei se intencional ou acidentalmente, quando ele venceu o concurso de artes para o livrão Ícones dos Quadrinhos (onde uma caralhada de homenageavam ícones da história das HQ’s mundiais), muita gente se perguntou “Quem é Luciano Salles?”.

Ele não só se apresentou para o combate como sacou de debaixo do braço a desconcertante O Quarto Vivente. Desconcertante porque aborda um futuro distópico em que a Eurásia foi pro brejo e os cidadãos dos continentes foram acolhidos por outros países do mundo – a França passou a “existir” dentro do Brasil. O ano é 2177 e as mudanças globais geraram alterações na própria forma dos sujeitos apreenderem o mundo, nas formas de socialização e compartilhamento. A humanidade se tornou uma raça estranha, fria e distante uns dos outros (lembra bem os kriptonianos de John Bráine – inclusive nas roupas bizarras). Não há surpresa, não há encanto: só resta o estranhamento.

Salles, nosso >Parangaricutirimirruaro< dos óculos fodões, reforça isso alterando mesmo a linguagem dos personagens: há intervenções do francês, perturbações nos tempos verbais, neologismos. Esse estranhamento inclusive faz com que engrenar a leitura seja uma tarefa um tanto complexa de início – com o tempo se acostuma com o ritmo e a terminologia, mas começar é difícil. A arte do Salles tem uma pegada urbana, do grafitti, que combina bem com a trama. Só me incomodaram um pouco as cores, às vezes sintéticas demais.

Ah, e concordo com o Raphael Fernandes do Contraversão: O Quarto Vivente PRECISA ser lida mais de uma vez.

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